Icterícia é uma situação habitual no recém-nascido e normalmente não é
motivo de preocupação. A palavra icterícia provém do grego ikteros,
através do latim icteritia, vocábulo utilizado para designar o tom
amarelado da “branca do olho” e da pele de muitos recém-nascidos.
motivo de preocupação. A palavra icterícia provém do grego ikteros,
através do latim icteritia, vocábulo utilizado para designar o tom
amarelado da “branca do olho” e da pele de muitos recém-nascidos.
Esse tipo de icterícia acomete aproximadamente 2/3 dos recém-nascidos não-prematuros, sendo ainda mais freqüente nos prematuros. É uma circunstância normal, apresentando-se de forma leve na maioria das vezes e que regride espontaneamente, mas às vezes requer tratamento para evitar os problemas causados pelo excesso de bilirrubina no sangue.
Ela decorre de um conjunto de fatores que acabam levando ao aumento da produção de bilirrubina, a uma dificuldade de sua captação pelo fígado (o que permite seu acúmulo no sangue) e a um aumento da sua reabsorção nos intestinos. Tudo isso faz com que a concentração de bilirrubina no sangue aumente.
Embora esse acúmulo possa ser considerado normal, nem sempre as conseqüências são inócuas, especialmente se o bebê for prematuro. Neles, dependendo da situação, existe a necessidade de tratamento para evitar-se a impregnação da bilirrubina no cérebro, o que causa graves danos à criança.
Quase todos os casos de icterícia não-fisiológica devem-se à exacerbação dos mesmos mecanismos que causam a icterícia fisiológica. Assim, as principais causas estão relacionadas com os distúrbios da produção de bilirrubina, da captação hepática, do metabolismo, da excreção e da reabsorção intestinal.
Algumas doenças que podem causar icterícia neonatal são:
• Anemia hemolítica: quando as hemácias são destruídas em excesso;
• Infecções;
• Síndrome de Gilbert, de Criegler-Najar: distúrbios do funcionamento de enzimas que atuam no metabolismo da bilirrubina;
• Icterícia do aleitamento materno;
• Jejum prolongado;
• Estenose hipertrófica do piloro.
• Infecções;
• Síndrome de Gilbert, de Criegler-Najar: distúrbios do funcionamento de enzimas que atuam no metabolismo da bilirrubina;
• Icterícia do aleitamento materno;
• Jejum prolongado;
• Estenose hipertrófica do piloro.
Existem alguns dados que alertam os médicos para uma provável natureza patológica para a icterícia. Um dado importante que pode ser percebido pelas mães é a descoloração das fezes, o que se associado à icterícia, sugere um distúrbio da excreção de bile (que contém bilirrubina). Assim, o acompanhamento médico do recém-nascido desde seu nascimento permite a suspeita de algum problema, e faz com que sejam realizados exames que objetivam identificar a causa do problema.
O principal objetivo do tratamento é evitar o acúmulo de bilirrubina no cérebro, o que pode causar uma doença chamada kernicterus, a qual traz grandes problemas ao desenvolvimento da criança. Quando é identificada um causa tratável de icterícia, esse tratamento específico é de extrema importância. O tratamento da icterícia inclui basicamente duas opções.
A fototerapia ou banho de luz é a primeira opção, na maioria dos casos. Deve ser realizada no hospital, de preferência no alojamento conjunto. É ideal naqueles casos em que a elevação da bilirrubina é mais lenta e no tratamento da icterícia do prematuro. Consiste na exposição da criança a uma fonte de luz. A luz converte a bilirrubina, impregnada na pele e nas mucosas, em outra substância, que é "incolor" e não acumula no cérebro.
O outro método é a exsangüinotransfusão. É indicada para reduzir rapidamente a concentração de bilirrubina, quando há risco de acometimento do cérebro, especialmente se houver hemólise (destruição das hemácias). O risco de aparecimento de kernicterus é indicação absoluta para a realização desse tratamento. A exsangüinotransfusão consiste na retirada de todo o sangue da criança e a sua substituição por outro sangue, sem as concentrações altas de bilirrubina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário